Ansiedade em tempo de Covid-19

14-02-2021

Vivemos uma época demasiado exigente e cheia de desafios. A nossa rotina alterou-se de um dia para o outro. Passamos de um dia agitado e cheio de estímulos - com trânsito, colegas de trabalho ou clientes, muitas tarefas para realizar e um conjunto de solicitações para dar resposta - para um dia fechados em casa, com medo e novas rotinas para criar.


Ninguém estava preparado para o desafio que iria aparecer. Como tal, é compreensível que as reações sejam diversas. Uns desvalorizam a situação, outros entram em pânico e outros tendem a manter a racionalidade e gerir um dia de cada vez.

A forma como cada um reage é reflexo dos mecanismos de coping que desenvolveu ao longo do tempo. Estes mecanismos representam o modo como cada um de nós aprendeu a comportar-se e analisar os diferentes eventos que foram percecionados como exigentes e stressantes.

Se considerarmos que o stress se manifesta quando o cérebro e o corpo se modificam em resposta a mudanças externas, podemos afirmar que atualmente o stress a que estamos sujeitos diariamente, em consequência da pandemia do coronavírus, obriga o nosso corpo e cérebro a regirem como forma de defesa. As incertezas que vivemos, o risco de contaminação e, o consequente, isolamento social pode produzir uma sensação de ameaça que desencadeia emoções que geram desconforto e pensamentos negativos. Todo este processo é normal, tendo em conta a realidade que estamos a experienciar.

Quando o corpo entra em stress, o cérebro dá início a duas reações em cadeia distintas. Por um lado, temos a ativação do sistema nervoso autónomo, gerando a libertação adrenalina e um leque de reações fisiológicas (respiração acelerada, aumento da pulsação, tonturas, tensão muscular e um estado de alerta acentuado), numa cadeia. Na outra cadeia, desencadeiam-se diversos processos que terminam com a libertação de cortisol (hormona do stress) pela glândula suprarrenal. Estas duas cadeias interagem e comunicam, entre si, até o estímulo stressor deixar de existir. Que, tendo em conta a nossa situação atual, ainda está presente.

O ponto de partida para aprender a lidar com a ansiedade é compreender que o nosso medo tem, de alguma forma, a sua base na sobrevivência e atualmente sentimos que o ambiente que nos rodeia não é seguro. Assim, a regra é assumir que, considerando as circunstâncias, é normal sentirmos ansiedade. Esta contribui para adotarmos comportamentos que nos faz estar em segurança e saudáveis.

Não é um motivo para nos autocriticarmos, para julgarmos de forma negativa ou para fugir. A ansiedade é um sentimento expectável nesta situação que, em maior ou menor grau, nos afeta a todos. E que podemos aprender a gerir.


Existem algumas formas de conseguirmos regular a ansiedade:

1. Respiração diafragmática,

2. Respiração coerente,

3. Relaxamento muscular,

4. Racionalização dos pensamentos negativos,

5. Mindfulness,

6. Yoga,

7. Atividades prazerosas.



Dedique algum tempo a regular a sua ansiedade e verá que a forma como irá lidar com esta situação será mais ajustada.


Até Breve,

Cláudia de Almeida

© 2021 Cláudia de Almeida   |  Psicoterapeuta   |   Coach   |   Formadora   
Rua Dr Albano Sá Lima, n22 R/C,     4450-601 Matosinhos
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