Resiliência: um estilo de vida
Muito se fala de resiliência, mas será que sabemos como a desenvolver? Parece que quem não é resiliente tem uma grande falha irreparável. Pois bem, a resiliência é uma competência e como tal pode ser desenvolvida, visto ser possível alterar perspetivas, hábitos e respostas pela modificação do pensamento e modo de agir.
A resiliência é a capacidade de voltar, rapidamente, ao estado habitual, depois da experienciação de uma crise e adversidade. Permite-nos ver a vida como um trabalho em construção, criando uma atitude positiva perante os desafios. A mudança da forma de pensar sobre determinado conjunto de acontecimentos e situações altera o impacto dos efeitos negativos que ira gerar.
Os pilares da resiliência são:
- autoestima elevada,
- auto-valorização,
- aptidões cognitivas e de comunicação,
- capacidade de estabelecer vínculos afetivos,
- estabelecimento de compromissos baseados em expectativas claras, positivas, e adaptadas,
- flexibilidade de adaptação às mudanças,
- iniciativa e criatividade para resolver situações adversas,
- acreditar que as situações difíceis podem ser um desafio, que se pode aprender e ficar mais fortes,
- sentido de humor,
- identificar e utilizar fatores de proteção (condições que ajudam as pessoas a lidarem positivamente com os problemas e as situações, sem se deixarem abater pelos seus efeitos),
- ter um projeto de vida.
Uma pessoa resiliente ama, trabalha, diverte-se e tem boas expectativas.
As pessoas resilientes, habitualmente, usam os seus recursos internos para lidar com as contrariedades habituais da vida, sem se sentirem esmagadas ou negativistas. Como tal, a autoeficácia é o ingrediente mais importante para sobreviver ao excesso de stress. Consiste em acreditar que se pode controlar as circunstâncias e resolver os problemas à medida que vão surgindo, mantendo um grau de compromisso elevado, sem afundar com os desaires da implementação de soluções que se revelam ineficazes.
De forma simples os passos para se tornar resiliente são:
- aprender com os erros,
- manter o foco em metas claras,
- persistir na procura de alternativas positivas.
Os recursos de que mais precisamos estão dentro de nós, o mais importante é ter consciência dos mesmo e não os deixarmos para trás. Deste modo, a resiliência ajuda a recuperar a esperança e a capacidade de sonhar.
Até breve,
Cláudia de Almeida